Review | Blade Chimera

4 horas atrás • Nintendo Boy • Via CoelhoNews.com: Seu agregador de notícias Nintendo
Desenvolvedora: Team Ladybug
Publicadora: PLAYISM, WSS playground
Gênero: Metroidvania
Data de lançamento: 16 de janeiro de 2025
Preço: R$ 59,99
Formato: Digital

Análise feita no Nintendo Switch com cópia fornecida gentilmente pela PLAYISM.

Revisão: Davi Sousa

Blade Chimera é a mais nova empreitada do estúdio Team Ladybug, responsável pelo excelente Record of Lodoss War Deedlit in Wonder Labyrinth. Este é um jogo de ação estilo metroidvania que se passa num futuro distópico em que o mundo passou a ser dominado por demônios. Shin, nosso protagonista, não possui lembranças sobre o seu passado e trabalha para o grupo conhecido como Holy Union, uma instituição de estrutura pseudo-religiosa, que age como governo e caça essas criaturas.

Numa missão, Shin é salvo misteriosamente por uma demônia, que se metamorfa em espada, chamada Lux. A partir daí, é estabelecida uma estranha conexão entre os dois, que faz com que Shin questione seus próprios valores e as reais intenções da Holy Union na caça aos demônios. Conforme avançamos, temos acesso a registros que nos contam mais sobre Lux, o passado do protagonista, e os papéis dele e dos demônios que caça naquele mundo.

Visual primoroso e design de cenário repetitivo

O visual em pixel art de Blade Chimera é primoroso. Nosso personagem possui uma variedade bem legal de sprites de animação e o jogo performa maravilhosamente bem no Nintendo Switch, sem lags, travamentos, loadings demorados ou qualquer outro tipo de problema de ordem técnica. Algo comum em muitos jogos do tipo é a falta de variedade de inimigos. Blade Chimera, no entanto, não padece do mesmo mal, trazendo um leque bem extenso dos mais diversos demônios que encontramos pelo mapa labiríntico do jogo.

Porém, nem tudo são flores. O mapa do jogo é muito pequeno em comparação a outros metroidvanias e talvez por isso nos cause a sensação de repetição de design dos cenários. Não há, nesse sentido, muita distinção entre uma área do mapa e outra. Assim, a identidade visual desse mundo não está muito bem definida, tirando um pouco o encanto conforme exploramos o mapa.

Outro ponto a ser mencionado é em relação à trilha sonora, que, infelizmente, está longe de ser marcante, apesar de não comprometer em nada a experiência. E, por fim, há certa ênfase na história: mesmo bobinhas, existem muitas linhas de diálogo e um plot que, apesar de previsível, é divertido de acompanhar. Porém, o jogo não conta com localização para o nosso idioma.

Mecânicas e exploração

Blade Chimera é um jogo bem direto no que se propõe, com uma campanha demasiadamente curta, dificuldade na medida certa e exploração extremamente agradável. Todos os elementos dos jogos do gênero estão lá: níveis de experiência, áreas inacessíveis inicialmente, habilidades desbloqueáveis, salas secretas, armas variadas e por aí vai. A possibilidade de fazer fast travel para qualquer área mapeada do jogo facilita ainda mais a exploração. Nos mapas, existem áreas seguras em que podemos recuperar HP, MP e marcar algum objetivo secundário, além de máquinas em que podemos comprar itens para recuperar HP e MP.

Temos à nossa disposição a possibilidade de carregar duas armas diferentes para mapeá-las em dois botões de ação. Eu optei por usar sempre uma arma de fogo,, para combate a distância, e uma arma branca para combate corpo a corpo. Além das duas armas, podemos utilizar Lux nos combates e, com o tempo, novas e poderosas habilidades podem ser adicionadas para nossa parceira demônia.

O mapeamento do controle é customizável: o pulo, por exemplo, por padrão é configurado no botão A. Eu reconfigurei para pular usando o botão B. Usando as armas-padrão, recuperamos MP para utilizar os poderes de Lux; já quando usamos Lux, recuperamos o HP de Shin. A nossa amiga demônia também pode nos ajudar a alcançar áreas mais altas (fincando-a na parede) e se transformar, sempre temporariamente, em algum elemento do cenário para auxiliar na solução de alguns quebra-cabeças ou no combate contra os inimigos em tela.

Podemos equipar também acessórios que melhoram todos os nossos status (ataque, defesa, recuperação de energia e experiência) e que podem nos dar algum efeito passivo, como enxergar passagens secretas ou ter mais fôlego embaixo d’água. Conforme avançamos, um segundo slot é desbloqueado, abrindo a possibilidade de melhorarmos ainda mais os nossos atributos. Eliminar os inimigos nos concede pontos de experiência e, a cada subida de nível, além de melhorar nossos status, ganhamos um ponto de habilidade que pode ser utilizado para desbloquear novos poderes ou destrezas na pequena árvore de habilidade do jogo.

Apesar do design dos demônios chefões ser muito legal, os combates contra eles requerem pouca estratégia, tornando-os pouco memoráveis. Eu cheguei num momento do jogo, depois de ter conseguido todas as habilidades disponíveis, que estava tão forte que bastava ficar dando o golpe especial de Lux e me esquivando para derrotá-los.

As missões secundárias, que, em tese, deveriam prolongar nosso tempo com o título, não são interessantes e quase sempre se resumem a ir para uma área do mapa e exterminar uma quantidade específica de demônios. No fim, o que mais prolonga nosso tempo com Blade Chimera é a busca por peças de quebra-cabeças (56 no total) que dão acesso a certas áreas que contêm itens especiais.

Mais acerta do que erra

Blade Chimera mais acerta do que erra e me prendeu do começo ao fim. Depois de encerrar a campanha, corri atrás das missões secundárias e das peças de quebra-cabeça que ficaram faltando. Como eu jogo bem devagar, levei cerca de 18h para completar, mas com certeza dá pra fazer tudo em menos de 10h. Existem também algumas surpresas, como dois minigames que podemos experimentar. O visual, como dito, é muito bonito e o jogo diverte demais. Coisa rara e boa de se ver é um título com quase nenhum problema técnico em seu lançamento — Ponto para os desenvolvedores. Enfim, Blade Chimera é uma ótima pedida para esse início de ano, com uma história legalzinha e gameplay divertida.

Prós

  • Visuais em pixel art belíssimos;
  • Boa história;
  • Exploração divertida;
  • Performance impecável no Nintendo Switch.

Contras:

  • Trilha sonora pouco inspirada;
  • Cenários repetitivos;
  • Missões secundárias desinteressantes;
  • Sem PT-BR.

Nota Final:

8,5

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